Segunda-feira, 08/07/2012, O
Bando de Teatro Olodum foi impedido de entrar na comunidade quilombola do Rio
dos macacos, em Simões Filho por homens da Marinha do Brasil para apresentação
do espetáculo "Candaces, a Reconstrução do Fogo", fato esse causado
por uma briga judicial entre os moradores e as Forças Armadas pelo título de
propriedade da área.
O que me intriga nessa situação é
que vivemos em um país que se intitula democrático, que pela origem grega da
palavra deveria representar o povo no poder, mas que na realidade governa a sua
nação por meio de práticas ditatoriais, nas quais o povo se torna refém do seu
próprio governo e não o mandante.
Onde é que ficou o direito de ir e vir do cidadão?
Parece que voltamos à época
colonial da disputa de terras, em que foi instituído o Tratado de Tordesilhas,
no qual cada donatário cercava a sua terra e só adentrava nela quem tivesse a
sua autorização ou que regredimos à ditadura, na qual as Forças Armadas do governo controlavam quando e até onde poderíamos ir e o que poderíamos fazer.
Que país é esse que põe como prioridade um bem material ao invés do direito ao lazer e cultura de um cidadão? Eleitores dessa colônia chamada Brasil, que se diz República, temos que nos perguntar se queremos ser cidadãos ou se queremos ser escravos e nos atentarmos ao escolher nossos governantes para que não percamos os nossos direitos e regressemos aos tempos da ditadura ou da colonização.
Por Bruna Laranjeira.
Ótimo texto Bruninha!
ResponderExcluirObrigada!
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