quarta-feira, 25 de julho de 2012

Em um país onde a política é assunto menos importante que o futebol,um detalhe fútil pode ser titulo de matéria jornalística.


Titulo de uma matéria veiculada hoje pelo portal G1 :

25/07/2012 09h21 - Atualizado em 25/07/2012 09h44
De gravata rosa, Cachoeira chega para depoimento na Justiça Federal

Hoje pela manha ao ler o portal G1 me deparo com esta matéria, que pelo titulo e conteúdo tenho certeza que foi um critico de moda que á escreveu.A matéria é totalmente fútil,já trata de um assunto que todos sabem onde vai dar,ainda tiveram que torna-lo “fashion”.Pra complementar o grande furo jornalístico,a matéria descreve cada passo que Andressa Mendonça,mulher de cachoeira,dá.Isto porque ela deve ser o verdadeiro “réu” de toda essa palhaçada.Deixo a pergunta caro leitor, será que a gravata do Cachoeira irá fazer diferença em seu julgamento?
.Abaixo segue comentários que consta no próprio portal com a opinião do povo sobre esta infeliz matéria:
Adair Ribeiro8 minutos atrásDENUNCIAR
CPMI, isso é mais uma perda de tempo. Se fosse pra punir, era só confiscar os bens de todos os envolvidos e familiares e não deixar estes movimentarem grandes quantidade de dinheiro pro resto da vida. Doar o dinheiro que eles tiraram do povo para os pobres. Isso sim seria um punição.

Elias Jardina39 minutos atrásDENUNCIAR
jornalistas imcompetentes, isso é desfile ou festival de moda????

Elias Jardina43 minutos atrásDENUNCIAR
ESSES REPORTER DO G1, JÁ PRESTARAM, ESSE JULGAMENTO E DESFILE DE MODAS ,JORNALISTAS APRENDIZES!!!

Oscar Mendes58 minutos atrásDENUNCIAR
ESSES ESTAGIÁRIOS DO G1...KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

Edival Silva1 hora atrásDENUNCIAR
pensei que ja tinham crussificado o cristo o cara vem me falar da cor da gravata dele

Weniskley MarianoAparecida de Goiânia, GO1 hora atrásDENUNCIAR
"Jornalista" não tem o que falar ou quer publicar mais matérias que a concorrência já que o país inteiro tá acompanhando o caso aí tem que escrever a cor da gravata, da cueca, se ele transpirou, o que comeu, quanto litros urinou etc etc. Abrimos a notícia querendo ler algo de novo e relevante e encontra um caminhão de detalhe insignificantes. Esses "profissionais" estão fazendo disso uma palhaçada.

Samuel SilvaViçosa, MG1 hora atrásDENUNCIAR
Que diferença faz a cor da gravata do Cachoeira? Isso vai ajudar no julgamento aumentando/atenuando a pena?

Nelsinda SouzaCampo Grande, MS1 hora atrásDENUNCIAR
O que tem haver a cor da gravata do cara/ Muda Alguma coisa? Quem foi o jornalista que deu este título?

Bruno Gemma1 hora atrásDENUNCIAR
A noticia parece mais as novelinhas da globo.


quarta-feira, 18 de julho de 2012

Uma historia de luta e superação."Mandela celebra 94 anos com festa por toda a Africa do sul."


domingo, 15 de julho de 2012



SAINDO DO OCTÓDROMO E ENTRANDO EM UMA LUTA POLEMICA 



 Quem já não fez questão de assistir mesmo que repetido o filme da década 80, O Grande Dragão Branco, estralado por Jean-Claude Van Damme, que tinha como enredo o torneio mundial de artes marciais? Qual telespectador não ficava admirado pela forma de socar, chutar e imobilizar de Van Damm em seu adversário? Hoje a admirações ultrapassam a linha da ficção e ganham o mundo real, através da nova modalidade esportiva, o MMA ( Artes Marciais Mistas) promovida pelos lutadores. 

Com o titulo do brasileiro Junior Cigano, Jose Aldo, Anderson Silva e a transmissão na TV aberta, o MMA, ao mesmo tempo em que ganha grande seguidores aqui no Brasil, vem sendo alvo de grande polemica em torno da violência do esporte. Então pergunto aos leitores do blogger, o MMA è realmente um esporte muito violento?  Será que os admiradores desse esporte o tornaram mais agressivo? Não pretendo responder esse a questionamento, mas apenas apresentar as discussões que estão sendo abordadas nacionalmente, para que o leitor tire as suas próprias conclusões.  
O deputado José Mentor do PT de São Paulo, tenta implantar o projeto de lei 5.534/2009 que proíbe a transmissão do MMA nos canais abertos e fechados aqui no Brasil. A rede de TV que desrespeitar a lei, caso seja  aprova, desembolsará uma quantia de  R$ 150mil e poderá perder a concessão.  Para o deputado, esse esporte é muito violento e que põe em risco tanto a vida do lutador quantos dos telespectadores. 
Eu acho que ali a questão central é a degradação do ser humano, não é, tanto do lutador que se submete a esse tipo de luta colocando em risco a sua integridade física, a sua vida inclusive e também dos telespectadores que ficam vendo só a violência” (Jose Mentor. Entrevista ao rádio senado).
Para reforça o projeto de lei do deputado, surgiu no Canadá em 2010, estudos em torno dos lutadores do MMA.   Foi criada uma comissão de 250 médicos de diversas áreas para avaliar o quadro clinico dos lutadores pós luta. Os médicos constataram que esse esporte extremamente perigoso, coloca em risco a vida dos praticantes e muitos dos traumas podem ser até para resto da vida, sugerindo dessa forma o fim do esporte no país.
Em contra partida, os principais lutadores brasileiros e alguns simpatizante como o deputado Acelino Popó Freitas, ex pugilista,  saíram em defesa do MMA.  O lutador Carlos Prater teme a aprovação da lei, pois segundo ele, surgiriam lutas sem Caráter profissional.
Eu acho que vai acontecer esses eventos de qualquer modo e se você não está dando o apoio necessário para esse esporte ser tão profissional, e tão bem visado, fiscalizado, vigiado e assistido pelo público, você tá empurrando para escanteio, para a marginalidade. Aí vão surgir eventos que não seguem nenhuma forma de proteção aos lutadores ou ao público e isso não é um bom caminho." (Carlos Prater  Entrevista ao rádio senado). 
O deputado Acelino Popó não apenas sai em favor do MMA através do discurso, mas  busca implantar o projeto de lei 2051/2011 que regulamenta a pratica do esporte em nosso país. Segundo o Ex-pugilista, os melhores lutadores são brasileiros, e devem ser reconhecido não apena lá fora, mas também em seu país. 
Outro nome forte que defende o MMA é o lutador Rodrigo Minotauro, ele diz que o MMA tem regras e são respeitadas.
"Se há um sangramento, a gente para a luta. Se o atleta recebe golpes atrás da cabeça, em áreas perigosas, a gente para a luta também. O médico também é capaz de parar a luta também a comissão médica. Então, é um esporte monitorado. Não é vale-tudo, é MMA, mistura de artes marciais. Se sofrer algum dano físico ou se sofrer um nocaute, depois da luta ele é suspenso por alguns meses, só volta a lutar quando apresentar um exame dizendo que está capacitado a lutar novamente, se as funções cerebrais, motoras, todas estão corretas. Então é um esporte que é muito bem monitorado.” (Minotauro. Entrevista ao rádio senado)
Em meio a toda essa polemica, estão as pessoas envolvidas indiretamente. Essas pessoas somos nós, que construímos individualmente a nossas impressões.  Uns certamente vestiram a camisa em favor do fortalecimento do esporte em nosso país. Outros vestiram a camisa contraria ao MMA, talvez por enxergar no esporte um ato de violência. E você caro leitor, que camisa você veste? 




Autor: Renald Santana 


quarta-feira, 11 de julho de 2012

Que País é Esse?



Segunda-feira, 08/07/2012, O Bando de Teatro Olodum foi impedido de entrar na comunidade quilombola do Rio dos macacos, em Simões Filho por homens da Marinha do Brasil para apresentação do espetáculo "Candaces, a Reconstrução do Fogo", fato esse causado por uma briga judicial entre os moradores e as Forças Armadas pelo título de propriedade da área.

O que me intriga nessa situação é que vivemos em um país que se intitula democrático, que pela origem grega da palavra deveria representar o povo no poder, mas que na realidade governa a sua nação por meio de práticas ditatoriais, nas quais o povo se torna refém do seu próprio governo e não o mandante.

Onde é que ficou o direito de ir e vir do cidadão?

Parece que voltamos à época colonial da disputa de terras, em que foi instituído o Tratado de Tordesilhas, no qual cada donatário cercava a sua terra e só adentrava nela quem tivesse a sua autorização ou que regredimos à ditadura, na qual as Forças Armadas do governo controlavam quando e até onde poderíamos ir e o que poderíamos fazer.


Que país é esse que põe como prioridade um bem material ao invés do direito ao lazer e cultura de um cidadão? Eleitores dessa colônia chamada Brasil, que se diz República, temos que nos perguntar se queremos ser cidadãos ou se queremos ser escravos e nos atentarmos ao escolher nossos governantes para que não percamos os nossos direitos e regressemos aos tempos da ditadura ou da colonização.



Por Bruna Laranjeira.



terça-feira, 3 de julho de 2012

Greve: Uma luta por melhores condições de trabalho!




  1917: Greve geral no Brasil, deflagrada em 11 de Julho na cidade de São Paulo, após a morte do jovem espanhol José Martinez no dia 09 do mesmo mês, foi o estopim para esta data histórica em nosso país. Mais de 70 mil trabalhadores aderiram o movimento onde armazéns foram saqueados, bondes incendiados e grandes barricadas foram montadas em meio às ruas.

  Este movimento surgiu a partir do processo de politização importada dos trabalhadores brasileiros, pois as ideias e princípios organizacionais foram trazidos dos trabalhadores estrangeiros, europeus, italianos e espanhóis, que vieram para o Brasil em busca de melhores condições de vida.

  Apesar de não ter sido um movimento emanado do povo brasileiro, como de fato ainda não costuma ser, marcou a trajetória de luta trabalhista porque mudanças ocorreram nos moldes de exigências feitas ao trabalhador pelos patrões.

 O que ocorria para que houvesse tanta insatisfação? A exploração da força de trabalho era absurda, pois um trabalhador vivia em condições precárias de trabalho. Ocorria a exploração da mão de obra infantil e as jornadas laborais tinham mais de 13 horas.
  
 A partir daí que os trabalhadores influenciados por ideias estrangeiras passaram a se articular de maneira política, impulsionando o surgimento de sindicatos e movimentos dos trabalhadores, fato que passou a ser visto pelos patrões como uma ameaça aos seus interesses, atualmente com uma influência menor, devido ao fato de alguns sindicatos terem se tornado aliados dos empregadores.

  Em conformidade às ideias de Edgard Leuenroth, principal líder do movimento de 1917, a greve jamais deve ser considerada como um ato de balbúrdia, mas sim como um movimento expressivo de indignação e reação às más condições de trabalho, que luta pela prática dos direitos já conquistados ou por novas conquistas a serem feitas pelo proletariado.

  A greve foi deflagrada em São Paulo e Hermínio Linhares em seu livro Contribuição à história das lutas operárias no Brasil; 2ª Ed.; São Paulo; Alfa-Omega; 1977, diz que o auge deste período foi a greve geral de julho de 1917, que paralisou a cidade de São Paulo durante vários dias. Os trabalhadores em greve exigiam aumento de salário. Fez o comércio fechar, os transportes pararem e tornou o governo impotente mediante a força do movimento, pois os grevistas tomaram conta da cidade por trinta dias.

  Leite e carne só eram distribuídos a hospitais e, ainda assim, com autorização da comissão de greve. Com isso, o governo abandonou a capital. E os trabalhadores exigiram:
- Que fossem libertadas todas as pessoas detidas por motivo de greve;
- Que fosse respeitado do modo mais absoluto o direito de associação para os trabalhadores;
- Que nenhum operário fosse dispensado por haver participado ativa e ostensivamente do movimento grevista;
- Que fosse abolida de fato a exploração do trabalho de menores de 14 anos nas fábricas, oficinas etc.;
- Que os trabalhadores com menos de 18 anos não fossem ocupados em trabalhos noturnos;
- Que fosse abolido o trabalho noturno das mulheres;
- Que houvesse aumento de 35% nos salários inferiores a $5000 e de 25% para os mais elevados;
- Que o pagamento dos salários fosse efetuado pontualmente, cada 15 dias, e, o mais tardar, 5 dias após o vencimento;
- Que fosse garantido aos operários trabalhos permanentes;
- Que a jornada tivesse oito horas com a semana inglesa;
- Que o trabalho extraordinário fosse aumentado em 50%.
  
  No final de tudo, os trabalhadores conquistaram parte de suas exigências, pois os patrões deram um aumento imediato de salário e prometeram analisar o restante de suas exigências, mas o grande ganho de todo este movimento foi o legado e o reconhecimento do movimento trabalhista no país como instância legitima. A partir disso, os patrões passaram a negociar com o proletariado e a considerar suas decisões.
  
  Hoje ao observar determinados comentários dos que desconhecem o histórico de luta e sofrimento da classe trabalhadora, fico entristecido porque estas pessoas atribuem a classificação de desordeiros e inimigos da ordem social aos que lutam e querem exigir melhores condições de trabalho em nosso país.
  
  Querem um retrocesso? Voltar à escravidão? E no que mais fico indignado é que estas pessoas são também proletários e sofrem assim como você e eu.  Não podemos fechar os olhos e sermos apenas radicais afirmando que não houve melhorias, seriamos levianos ao afirmarmos isto, por que se comparado ao passado, as condições de trabalho melhoraram e muito, mas hoje as exigências são outras porque as necessidades dos empregadores mudaram também e precisamos nos adequar a elas, assim como os patrões precisam se adequar às novas exigências das relações de trabalho.

  É absurdo ficarmos de braços cruzados esperando que os empregadores se preocupem com nossas condições. O segredo é nos mobilizar e manter viva a luta daqueles que tiveram a ousadia de enfrentar a opressão patronal e fizeram triunfar os direitos trabalhistas.



Por Nilberte Correia

Referencias bibliográficas:
·         DIAS, Everardo. "História das Lutas Sociais no Brasil". São Paulo: Editora Alfa-Omega, 1977 (1962). 330 p.
KHOURY, Yara Aun – As greves em São Paulo, São Paulo, Ed. Cortez/Autores Associados, 1981.